ortostático

Pretende-se exprimir o estado de momento, podendo-se falar das mais diversas matérias.

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Localização: PORTO, PORTUGAL, Portugal

terça-feira, maio 23, 2006

FUGAS

Hoje passou-se mais um dia em que me foi possível ver, saborear, sentir o crepúsculo, passamos frequentemente ao lado da natureza sem a sentirmos, conseguimos passar ao lado de nós próprios.


"Ás vezes, a felicidade é uma benção- mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia ajuda-nos a mudar, faz-nos ir em busca dos nossos sonhos"

PETER BLUME

Ficamos a aguardar ensinamentos sobre este autor, do qual além de gostarmos de algumas obras que já tivemos a oportunidade de ver, pouco mais sabemos.

PETER BLUME




sábado, maio 20, 2006

F C PORTO

Iniciei este blog falando do clube com que mais simpatizo, e comecei por criticar o "destreina" do glorioso FCP, dizendo que o Presidente estaria desatento, quanto a essa espécie de treinador, apesar do grande resultado por ele alcançado com a equipa, continuo muito céptico do seu valor, diria mesmo que só se consegue um resultado como este porque a equipa é mesmo muito boa, e isso se deve ao patrão, que afinal de desatento não teve nada.
Apesar do que eu possa pensar tenho mesmo que felicitar este "destreina" uma que uma dobradinha não é nada fácil de alcançar.
BIBAOPORTO

sábado, maio 13, 2006

SANDRO BOTTICELLI

A pintura renascentista florentina, que se iniciara com artistas como Fra Angélico e Masaccio, adquiriu na segunda metade do século XV, com Botticelli, um carácter refinado, melancólico e elegante, afastado das buscas científicas do princípio do século.

Alessandro di Mariano Filipepi, conhecido como Sandro Botticelli, nasceu em Florença em 1445. Pouco se sabe dos primeiros anos de sua vida. Por volta de 1465 entrou para o atelier de Filippo Lippi, cujo estilo elegante marcou claramente suas primeiras obras. Mais tarde trabalhou como ajudante de Andrea Verrocchio e conheceu Piero Pollaiuolo, criadores que o influenciaram.

· Por volta de 1477 pintou uma de suas obras mais conhecidas, "A primavera". Nesta obra, Botticelli descreveu a chegada da Primavera. Do lado Direito, o vento quente da Primavera, Zéfiro com asas, persegue e envolve a ninfa Clóris que se transforma na deusa Flora. No centro, a deusa Vénus, de ar melancólico, está ladeada de laranjeiras e, por cima dela, o seu filho Cupido, de olhos vendados, lança setas para as Três Graças Sonhadoras (que parecem representar as três fases do amo: a beleza, o desejo e a realização). No lado esquerdo, Mercúrio, o mensageiro dos deuses, afasta as nuvens.













Em 1481 Botticelli foi chamado a Roma pelo papa Sisto IV para trabalhar na decoração da capela Sistina, onde realizou "A tentação de Cristo" e dois episódios da vida de Moisés, obras que lhe deram fama. De regresso a Florença, trabalhou principalmente para a família Medici e participou activamente do círculo neoplatónico. Botticelli defendia a teoria filosófica da Igreja – o neoplatonismo – segundo a qual a perfeição da rate clássica prenunciava a Revelação iminente de Cristo.




Nesses anos realizou as suas obras mais célebres, de carácter profano e mitológico, como "Marte e Vénus", "Palas e o centauro", "O Nascimento de Vénus", relacionadas com o neoplatonismo do filósofo Marsilio Ficino. “O Nascimento de Vénus” , obra executada por volta de 1485, do lado direito, a deusa Flora (deusa da vegetação) oferece a Vénus um manto florido para tapar a sua nudez virginal. No centro, Vénus, um ideal clássico imbuído de sentimentalismo cristão, sobre uma concha, emergindo da espuma do mar para simbolizar o nascimento da beleza através do nu feminino. No lado esquerdo, Zéfiro e sua esposa, a ninfa Clóris, empurram com o seu sopro Vénus para a margem. No mesmo lado em baixo, a pormenorização dos elementos naturais (plantas marinha e ondas do mar).










O desenho, delicado e rítmico, e o refinado emprego da cor, característicos de Botticelli, alcançaram aí perfeita expressão. As figuras de Botticelli são ténues, suaves, quase imateriais, os rostos sem sorriso, as expressões contemplativas. Não que Botticelli fosse incapaz de retratar a realidade: conscientemente, preferia não cingir-se às leis da óptica, já que se propunha a "apresentar e não a representar" uma realidade interior. A pintura de Botticelli traduz uma convicção pessoal – o sentido da arte é puramente espiritual, religioso, simbólico – que exclui a representação realista.

Entre os quadros religiosos que realizou nessa época destacou-se a "Virgem do Magnificat", circular, em que os ideais de beleza apareciam plasmados no rosto da Virgem.

Botticelli morreu em Florença em 17 de Maio de 1510, quando triunfava na Itália a estética do alto Renascimento, a que suas últimas obras não foram alheias, pois várias delas mostram um alargamento de escala e uma imponência típicos da nova fase.

PINTURA RENASCENTISTA

Principais características:
*Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objectos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.

* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.

* Realismo: os artistas do Renascimento não vêm mais o Homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada. O retrato foi muito praticado, correspondendo ao individualismo nascido do interesse pelo Homem.

* Inicia-se o uso da tela e da tinta a óleo, técnicas importadas da Flandres e das cidades alemã; a pintura a óleo, possuindo um tempo maior de secagem, permitiu a elaboração de modelados e de velaturas, pormenorizando a representação com obtenção de brilhos e reflexos intensos de grande vivacidade cromática, tão necessários ao verismo procurado pelos pintores renascentistas.

* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitectónicas, tornam-se manifestações independentes.

*Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo. Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.

Os principais pintores foram: Donatello; Miguel Ângelo; Rafael; Leonardo da Vinci; entre muitos outros…
As obras mais conhecidas de Sandro Botticelli são: A Primavera; O Nascimento de Vénus; Tentação de Cristo (capela Sistina); A Fortaleza; Marte e Vénus; entre outras…