ortostático

Pretende-se exprimir o estado de momento, podendo-se falar das mais diversas matérias.

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Localização: PORTO, PORTUGAL, Portugal

quinta-feira, agosto 24, 2006

GOYA

quarta-feira, agosto 23, 2006

VIVA O DIA 23 DE AGOSTO

sábado, agosto 19, 2006

GOYA




Pintura retratando os guardas da Guarda Imperial francesa a atacarem os espanhois e estes a defenderem-se heroicamente com facas.È de realçar as cores usadas no centro da tela que tanto evidencia os franceses como os espanhois.

sexta-feira, agosto 18, 2006

GOYA

GOYA Y LUCIENTES


Francisco José de Goya Y Lucientes





Pintor espanhol de finais do séc.18 e princípios do séc. 19.
Nasceu em Fuentedetodos, Aragão, Espanha, em 30 de Março de 1746;
morreu em Bordéus, França, em 16 de Abril de 1828.

Filho do mestre dourador José de Goya e de Gracia Lucientes, começou os estudos em Saragoça, ensinado pelo pintor José Luzán, instruído em Nápoles, professor na Academia de Desenho de Saragoça, e foi, mais tarde, em Madrid, pupilo do pintor da corte espanhola Francisco Bayeu, tendo casado com a irmã deste em Julho de 1773.
Em 1770 foi para Itália continuar os estudos, pelos seus próprios meios, regressando no ano seguinte a Saragoça, onde foi encarregado de pintar frescos para a Catedral local. este trabalho foi executado a espaços durante os dez anos seguintes, até que se incompatibilizou com a Junta da Fábrica [da Basílica de Nossa Senhora] do Pilar.
Em 1775, tendo passado a viver em Madrid, chamado pelo seu cunhado, Francisco Bayeu, foi encarregue de pintar a primeira série de cartões, de um lote que acabaria por chegar em 1792 às 60 pinturas, para a Real Fábrica de Tapeçarias de Santa Bárbara. Neste trabalho foi dirigido pelo artista alemão Anton Raphael Mengs, um dos expoentes do Neoclassicismo, e director artístico da corte espanhola, com o título de Primeiro Pintor da Câmara.
Em 1780 foi eleito membro da Real Academia de São Fernando de Madrid, sendo admitido com um quadro intitulado «Cristo na Cruz». Em 1785 tornou-se director-adjunto de pintura da Academia e no ano seguinte foi nomeado pintor do rei Carlos III. Desta época pertencem os primeiros retratos de personagens da corte espanhola, que começaram com o quadro do Conde de Floridablanca (1783), continuando com o retrato de «Carlos III, caçador» e que terminam com os quadros oficiais do novo rei, Carlos IV, e rainha, Maria Luísa (1789). Retratos em poses convencionais, mas de uma elegância que os relaciona com os retratos de Velasquez.
Nomeado Pintor da Câmara pelo novo rei de Espanha, Goya torna-se neste período, que acabará em 1808, com a invasão francesa da Espanha, o artista mais bem sucedido de Espanha naquela época. Em 1792, viajando pela Andaluzia, sem autorização real, adoece gravemente, só se restabelecendo em Abril de 1793, ficando surdo. São desta época as pinturas de gabinete que representam cenas que representam diversões típicas, mas que terminaram em 1799 com «O Manicómio».
Dessa viagem pelo sul de Espanha nasce a amizade com a duquesa de Alba, que retratará, assim como ao seu marido, em 1795. Em 1796 e 1797 Goya visitará em estadias prolongadas a duquesa de Alba nas suas propriedades na Andaluzia, começando a produzir as gravuras em áqua-tinta a que dará o nome de «Os Caprichos», e que acabarão por constituir uma longa série de 80 gravuras. Quando as termina, em Fevereiro de 1799, coloca-as à venda na loja de perfumes por baixo da sua casa em Madrid. Mas progressivamente vai retirando-as de venda, possivelmente por se reconhecer terem referências a pessoas conhecidas.
Em 31 de Outubro de 1799 foi nomeado Primeiro Pintor da Câmara, com direito a coche. Em 1803 deu ao rei as chapas dos «Caprichos», em troca de uma pensão para o filho Francisco Xavier, nascido em Dezembro de 1784. Em 1798, começa a sua segunda época de retratos de figuras públicas, pintando o ministro Jovellanos e o embaixador francês Guillemardet, passando pelo seu famoso retrato da família real espanhola (1800-1801) e terminando nos retratos, do marquês de San Adrián (1804) e de Bartilé Sureda (1806).
Em 1808, o general Palafox chama-o a Saragoça para pintar as ruínas e episódios da defesa heróica da cidade contra os franceses. Mas em Dezembro de 1809 Goya jura fidelidade a José Bonaparte, «nomeado» rei de Espanha pelo irmão Napoleão, imperador dos franceses, recebendo em 1811 a condecoração da Ordem Real de Espanha. É desta época a realização dos «Desastres da Guerra» que se prolongarão até 1820, e que, devido ao seu estilo impressionista influenciarão pintores franceses do século XIX, como Monet.
Em 1814, começando o seu processo de «purificação» das suspeitas de colaboracionismo com o regime do «rei José», entrega os primeiros testemunhos que declaram que Goya não era afecto ao governo intruso, pintando os quadros «O Dois de Maio ou a Carga dos Mamelucos» e os «Fuzilamentos da Moncloa», para perpetuar a resistência e a luta do povo espanhol contra Napoleão Bonaparte. Em Dezembro termina o quadro equestre do general Palafox.
No ano seguinte a Inquisição abre um processo por obscenidade pela suas «Majas», mas o pintor consegue a «purificação», sendo-lhe restituído a função de Primeiro Pintor da Câmara. Pinta vários retratos de Fernando VII, após a sua restauração, evocando melhor que ninguém a personalidade cruel do rei.
Com o fim do triénio liberal (1820-1823), o falhanço de uma nova tentativa de instauração de um regime liberal em Espanha (1824), e o reacender das perseguições, pede autorização para ir para França, para as Termas de Plombières, por motivos de saúde, partindo em Maio de 1824.
Em Setembro desse ano instala-se em Bordéus, morrendo em 1828.


Fontes:
Enciclopédia Britânica

domingo, agosto 13, 2006

EXPRESSIONISMO

Denominam-se genéricamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projectando na obra de arte uma reflexão individual e subjectiva.
A cor aqui é vista de uma maneira absolutamente não-naturalista, independente e é essencialmente uma forma de expressão de sensações e sentimentos. O expressionismo era baseado na explosão da emoção, na explosão do sentido. Utiliza a imagem visual que nos cerca para uma realidade interior.. Ocorre a deformação das imagens, devido ao sentimento interior intervir na realidade. O facto dramático sobrepõe ao facto artístico . A reprodução do sofrimento humano e a não preocupação com o belo e o feio.
Atitude irreverente aos padrões estabelecidos.
Interesse pela vida interior (estado de espírito, psíquico e subconsciente);
Pinceladas rudes e cores causticas que se entrechocam violentamente contribuem para uma sensação de energia desesperada;
Cores sensuais e vibrantes que dão uma intensidade dramática a pinturas. Cores puras e ácidas, amarelos, verdes, vermelhos e negros.
O principal percursor do movimento é um pintor holandês Vincent Van Gogh(1853-1890), criador de obras de pinceladas marcadas ,cores fortes, traços expressivos, formas contorcidas e carregada de dramaticidade. Em 1911, numa referencia de um critico a sua obra, o movimento ganha o nome de Expressionismo.

Ainda existiam outros pintores que representavam as artes plásticas:

Eduard Munch (1863-1944) com O grito (1893), era um dos mais expoentes no movimento.(ver postagem anterior)
Ernst Ludwig Kirchner (1910) com Auto-retrato com modelo.
Ergon Schiele. (ver postagem anterior).

EXPRESSIONISMO



Considerando os desdobramentos do Impressionismo, os principais precursores do movimento expressionista foram Vincent van Gogh e Edvard Munch, tal a dramaticidade de suas obras, a importância (e, em certo sentido, a independência, da cor) Ambas as obras propõem uma ruptura formal e ideológica com a Academia e com o Impressionismo. O Simbolismo como um todo também influenciou os movimentos expressionistas, em uma outra esfera, devido à importância dada à mensagem oculta na obra




O expressionista austríaco Egon Schiele (1890 – 1918) morreu com apenas 28 anos, e não há realmente como saber se ele teria evoluído da angústia adolescente cheia de autocomiseração que foi a principal temática de sua obra. Esse Auto-retrato nu, porém, é em si mesmo um tema muitíssimo tocante, um desvelamento patético e, no entanto, enérgico da vulnerabilidade de Schiele. Ele é só pele e osso, sem ainda estar ali como pessoa completa.

domingo, agosto 06, 2006

MUNCH


MUNCH




"O Grito"
The frieze of life
POR CATARINA MOURA

The Frieze of Life chocou Berlim em 1892. Eram apenas seis quadros, mas as suas imagens "terrivelmente assustadoras" causaram tal choque que as autoridades ordenaram o encerramento da exposição. Pouco tempo depois, o seu autor alcançava reconhecimento internacional, e os quadros que tanto haviam chocado a sociedade berlinense deslumbravam o mundo.
Edvart Munch pintou centenas de quadros ao longo da sua vida, e cada um deles é um episódio da sua história. Uma história marcada pela doença e morte trágica dos seus familiares e amigos mais chegados, experiências dolorosas que criam nele a suprema necessidade de pôr fora de si tudo quanto o angustiava. Morte, doença, ansiedade, solidão, melancolia, ciúme, ... impregnam toda a sua obra, fazendo da pintura um exercício de sinceridade e um meio de auto-conhecimento. Nem todos os seus quadros são autobiográficos, mas todos surgem da necessidade de gritar inquietudes, receios e amarguras, revelando as marcas indeléveis deixadas pelo tempo.
As suas figuras, quase sempre frontais, têm uma dimensão psicológica tão intensa que, ao mesmo tempo que lhes dá corpo e existência, também lhes rouba realismo, transformando-as em sonhos e pesadelos, presos numa outra dimensão.
Munch pintou centenas de quadros ao longo da sua vida, adquirindo desde muito novo um reconhecimento nunca igualado, antes ou depois, por qualquer outro pintor norueguês. Durante este tempo, viveu o nascimento do século XX e acompanhou a profunda mutação sofrida pela arte, numa ruptura definitiva com o passado. No meio de tantas descobertas, fez a sua, impossível de rotular, única, inimitável, contando uma história que não podia ser de mais ninguém.